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No Reino de Ingra

Foto do escritor: Alexandre MenphisAlexandre Menphis

A Ninfa & o Príncipe dos Capelobos - Analisando um trecho do

primeiro Capitulo do Livro.

Em "A Ninfa e o Príncipe dos Capelobos", o segundo livro da série O Mundo dos Encantados, somos apresentados ao misterioso mundo de Zibalba, o Reino de Ingra, localizado entre o Reino de Nhandera e o País dos Gigantes:

"Uma região pantanosa, de aspecto assombroso. Por se tratar de área de transição, o calor aconchegante do reino das águas cede espaço a um clima tempestuoso, os ventos sibilam sons que se assemelham a lamentos e, no solo, criaturas peçonhentas serpenteiam digladiando-se entre si na brutal luta pela sobrevivência."

"Ao longe, se avistam os cumes das montanhas geladas que delimitam abruptamente as fronteiras com o País dos Gigantes. A paisagem indômita é cortada por um caudaloso curso de águas escuras e esverdeadas, o Tecolotle, ou Rio das Corujas. "

  O Blog Fantástico Mundo selecionou um trecho do capítulo intitulado: "No Reino de Ingra" e fez uma modesta análise. Uma pequena degustação, caro leitor, do que nos espera como ávidos e intrépidos desbravadores do misterioso e fascinante Mundo da Literatura Fantástica.



Os mulungus , seres de origem vegetal.
Os mulungus , seres de origem vegetal.

Uma luz esverdeada aclarava aquele estranho mundo. Aiaca, munida de uma tocha, guiou a visitante até uma embarcação que se assemelhava a uma gôndola. Uma criatura magra de pele verde e ressequida aguardava, cabisbaixa, as mãos postas sobre os remos. Elas se acomodaram e a pequena embarcação deslizou pelo rio subterrâneo. Aquelas águas provinham do Tecolotle, que ali naquelas paragens recebia o nome de Mictlan, o Rio da Morte. Após percorrerem um longo e sufocante trajeto que penetrava íngreme o interior da montanha, a anciã e sua visitante adentraram a um mundo de aspecto grandioso, Zibalba, o reino subterrâneo. Imensos arcos esculpidos nas rochas, sustentados por colunas ciclópicas, corredores a perder de vista. Do lado esquerdo, surgia uma espécie de floresta formada por estranhas árvores espinhosas de troncos retorcidos e folhagens amareladas. de onde gorjeios e pios repercutiam assustadoramente.

A dama das águas sentia-se observada, olhos a fitavam da penumbra e cochichos que mais pareciam chiados de algum tipo de roedor lhe chegavam aos ouvidos. Ao longe, do lado oposto do aglomerado vegetal, avistava-se um caminho que conduzia a uma vila de casas de pedras com telhados de palha. Criaturas de corpos magros e cabelos espetados as observavam. Apesar da distância, os olhos da bela dama as distinguiram facilmente. Aqueles seres de corpos verdes, imensos olhos amarelos, desprovidos de pupilas, braços e pernas que mais se assemelhavam a galhos, eram os mulungus, criaturas de origem vegetal. Esses seres, que outrora haviam vivido na superfície antes das “Primeiras Guerras” na história de Orokaba, agora sobreviviam naqueles ermos, dedicando ódio às criaturas da superfície. Olhou para o condutor da canoa, a criatura desviou os olhos amarelados. Iara sabia que ele era um deles.

(Trecho do Capitulo No Reino de Ingra)


A Ninfa e o Príncipe dos Capelobos - segundo livro da serie O Mundo dos Encantados
A Ninfa e o Príncipe dos Capelobos - segundo livro da serie O Mundo dos Encantados

No reino de Ingra - Análise  do Texto - Ambientes

O texto descreve uma cena de fantasia rica em detalhes, com elementos que remetem à mitologia e à cultura popular. Para uma análise mais completa, podemos observar os seguintes pontos:

Ambientes:

  • Mictlan, o Rio da Morte: A referência ao Mictlan, o submundo da mitologia asteca, confere um tom sombrio e misterioso à jornada. O rio subterrâneo e a embarcação que se assemelha a uma gôndola (possivelmente uma alusão à Caronte, o barqueiro do Hades na mitologia grega) reforçam essa atmosfera.

  • Zibalba: O reino subterrâneo é descrito como grandioso, com arcos e colunas ciclópicas que evocam construções antigas e imponentes. A floresta de árvores espinhosas e retorcidas, com folhagem amarelada e sons assustadores, contribui para a sensação de estranhamento e perigo.

  • Vila de casas de pedra com telhados de palha: O contraste entre a grandiosidade de Zibalba e a simplicidade da vila sugere a presença de diferentes comunidades ou grupos sociais no mundo subterrâneo.

Personagens:

  • Aiaca: A guia que conduz Iara pela embarcação e a apresenta a Zibalba. Sua figura misteriosa e o conhecimento do mundo subterrâneo a tornam uma personagem importante na narrativa.

  • Criatura magra de pele verde: O condutor da embarcação, com sua aparência frágil e cabisbaixa, transmite a sensação de submissão ou resignação. Sua conexão com os mulungus, revelada posteriormente, adiciona uma camada de complexidade à sua personagem.

  • Mulungus: As criaturas de origem vegetal, com corpos magros, olhos amarelos sem pupilas e membros retorcidos, são descritas como seres que odeiam os habitantes da superfície e buscam vingança pelas "Primeiras Guerras". Sua presença no mundo subterrâneo indica um conflito entre diferentes raças ou povos.

  • Iara: A visitante. Ela se sente observada e ouve cochichos ameaçadores, o que demonstra sua sensibilidade e percepção para os perigos do ambiente. Sua denominação como a "dama das águas" sugere uma ligação com o elemento aquático e as lendas ancestrais sobre a Mãe d'Água.


Aiaca conduz Iara pelo reino subterrâneo de Zibalba.
Aiaca conduz Iara pelo reino subterrâneo de Zibalba.

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                 Abraços fraternos.                                        

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